Funcionários dos Correios em todo o paÃs realizam assembleias nesta terça-feira (23) para decidir sobre a deflagração de uma greve nacional. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect) orientou as bases sindicais a rejeitarem a proposta de acordo coletivo apresentada durante mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
As informações foram divulgadas inicialmente pela Folha de S.Paulo. De acordo com o jornal, caso a paralisação seja aprovada, o movimento poderá ter inÃcio à s 22h desta terça-feira nas unidades que operam com terceiro turno e à 0h de quarta-feira (24) nas demais localidades.
O impasse ocorre em meio ao processo de reestruturação da estatal, que aguarda a liberação de um empréstimo de R$ 12 bilhões, com aval do Tesouro Nacional. Diante da possibilidade de greve, o TST acionou a Seção Especializada em DissÃdios Coletivos (SDC) em regime de prontidão, com o objetivo de garantir um julgamento rápido caso o movimento seja confirmado.
A Corte manifesta preocupação com os impactos da paralisação na prestação de serviços essenciais, especialmente durante o perÃodo de festas de fim de ano. Uma decisão liminar anterior já determinou a manutenção de, no mÃnimo, 80% do efetivo em atividade nas unidades onde a greve havia sido iniciada.
A proposta apresentada pela empresa prevê reajuste salarial de 5,13% a partir de abril de 2026, com pagamento retroativo a janeiro de 2025. No entanto, o texto também propõe a retirada de benefÃcios, como o adicional de 200% para trabalho aos domingos e feriados, além do abono de fim de ano. Enquanto a direção dos Correios afirma que as mudanças visam adequar o acordo à s normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e reduzir dificuldades financeiras, os trabalhadores avaliam que a perda de direitos é inaceitável.