Apesar do crescimento populacional das últimas décadas e da expansão da malha urbana da Feira de Santana, os trabalhadores feirenses não enfrentam as agruras de demorados deslocamentos para o trabalho. É o que revela o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, no Censo de 2022. Apesar de ostentar a condição de metrópole, por aqui não se verifica a estressante rotina de intermináveis deslocamentos observados nas megalópoles brasileiras. Ainda bem.
Na Feira de Santana, por exemplo, ninguém enfrenta o martírio
de mais de quatro horas de deslocamento até o trabalho e somente 1% levam mais
de duas horas para chegar. Imagino que, neste contingente, figuram aqueles que
trabalham em outras cidades, a exemplo de Salvador.
Apesar da expansão frenética dos limites feirenses, os
números mostram que deslocar-se não constitui um problema crônico no município.
Boa parte da população (40%) leva entre 15 minutos e meia hora para chegar ao
trabalho. Não é muito tempo. Na sequência, 24% leva entre 30 minutos e uma
hora. Talvez o trânsito nas imediações do centro da cidade e o tempo de espera
pelo transporte público ajudem a explicar a demora.
Há, também, felizardos, que demoram quase nada para chegar ao
trabalho. É o caso de 5% dos trabalhadores que levam só cinco minutos; e de
outros 19% que levam entre seis e 15 minutos. Veículo próprio, moradia nas
imediações do centro da cidade ou do local de trabalho ajudam a explicar a
jornada curta de deslocamento. Por fim, só 10% levam entre uma e duas horas
para chegar ao trabalho.
No texto anterior apontamos dificuldades relacionadas aos meios de deslocamento. Há diversas, que exigem postura proativa dos governantes. Mas, em relação ao tempo gasto para chegar ao trabalho, o cenário, aparentemente, não é caótico, como em muitas cidades. Bom para o trabalhador feirense, que desfruta de uma maior qualidade de vida. Mas, embora o quadro não exija intervenções imediatas, o monitoramento é necessário para sustentá-lo no longo prazo.