Os funcionários do governo do estado ficarão em 2017, pelo segundo ano consecutivo, sem aumento, caso a economia não se recupere e a arrecadação não cresça.
Foi o que disse o governador Rui Costa, numa entrevista coletiva concedida ontem a jornalistas de sites e blogs de Salvador.
Nessa mesma entrevista, o governador Rui Costa comentou que poderia ser favorável a uma proposta de legalização da maconha, por considerar que se trata de uma droga de menor potencial ofensivo, tanto no impacto sobre a saúde de quem usa quanto no potencial de levar o usuário a ficar agressivo.
Para Rui Costa, a cocaína e o crack são mais preocupantes.
Caminha para 60 dias a ocupação da reitoria e a paralisação das atividades da Uefs por conta do controle que um punhado de manifestantes exercem sobre a direção da Universidade.
Muitos avaliam que o episódio só desmoraliza o reitor Evandro do Nascimento. Discordo. Desmoraliza o reitor, mas não só a ele e sim a toda a Uefs.
Que instituição é essa em que um movimento de tão pequeno porte não encontra resistência durante quase dois meses?
É tão irrelevante assim a atividade acadêmica que podem dar-se ao luxo de manter a universidade fechada indefinidamente como se nada estivesse acontecendo?
São tão passivos os milhares de alunos prejudicados que não conseguem reagir, com exceção de um pequeno grupo, menor do que o dos ocupantes?
São tão desinteressados assim os professores, que cruzam também os braços diante de tão ilógica e prolongada paralisação e não exigem a retomada das atividades?
Até hoje sempre que se falava dos problemas da Uefs, apontava-se a escassez de verbas como a raiz de todos os males. Nota-se agora que está faltando muito mais do que dinheiro.
O prefeito José Ronaldo nomeou 35 novos funcionários públicos efetivos para o município, listados na edição de hoje (15) do diário oficial eletrônico do município. São candidatos aprovados no concurso realizado no final de 2012.
Profissionais de saúde têm feito manifestações por nomeação alegando que há vagas. Mas na convocação de hoje existe apenas uma pessoa nomeada como técnico em enfermagem e uma como assistente social (além de quatro médicos, mas destes não se tem notícia de mobilização pedindo nomeação). O Ministério Público Estadual também tem ações que pedem que a Justiça obrigue a prefeitura a nomear.
Dos convocados nesta sexta, se somados, os fiscais de serviços públicos, secretários escolares e agentes de trânsito, representam metade da lista.
Veja na tabela quantos foram chamados em cada área e em seguida a lista de nomes. A convocação oficial pode ser conferida neste link.
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Fiscal de Serviços Públicos |
6 |
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Secretário Escolar |
6 |
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Agente de Trânsito |
5 |
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Contador |
4 |
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Médico |
4 |
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Especialista em Educação |
3 |
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Arquiteto |
2 |
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Auditor |
2 |
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Assistente Social |
1 |
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Técnico em Enfermagem |
1 |
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Professor |
1 |
PROFISSIONAIS NOMEADOS PELO DIÁRIO OFICIAL DO MUNICÍPIO
AGENTE DE TRÂNSITO
N° 449 DIRANICE SANTOS FERREIRA
N° 450 LAZARO THIAGO PEDREIRA PEIXOTO
N° 451 LUZIA SANTOS DE JESUS
N° 452 BRUNNA LUIZA SILVA MELO
N° 453 ANTONIO RAMOS BORGES FILHO
ARQUITETO
N° 454 ISIS SANTANA PASSOS MENDES
N° 455 ROBERTA ESTRELA ALVES DE OLIVEIRA
ASSISTENTE SOCIAL
N° 456 INDAIA OLIVEIRA SOUZA
AUDITOR
N° 457 MILTON CONCEIÇÃO FERREIRA
N° 458 WEDSON RODRIGUES DE JESUS
CONTADOR
N° 459 GUSTAVO SOUZA PEDREIRA DE JESUS IPFS
N° 460 ARAMIS GOIS DE MATTOS IPFS
N° 461 MYLENE CÂNDIDA MAGALHÃES FERREIRA SEADM
N° 462 LEYLA BARROS OLIVEIRA DE FREITAS SEADM
ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO
N° 463 LAECIO ANDRADE FERREIRA SILVA
N° 464 MAYANE CARVALHO LIMA
N° 465 CANDICE TELES DANTAS
FISCAL DE SERVIÇOS PÚBLICOS
N° 466 WALTER AUGUSTO QUEIROZ DOS SANTOS
N° 467 MARCELO FREITAS SIRINO
N° 468 ANDRE AKIO NUNES OGASAWARA
N° 469 ESDON OLIVEIRA MELO
N° 470 MARIA EDNA DA SILVA SANTOS DE JESUS
N° 471 TATIANE PEREIRA
MÉDICO
N° 472 TÁRCIO WANDERSON DE JESUS PEREIRA DA HORA FHFS
N° 473 HERBERT REBOUÇAS ALMEIDA IPFS
N° 474 JOYCE CAMPODONIO FALCÃO ELIAS FHFS
N° 475 EMERSON BERNARDO COHIM MARINHO GOMES FHFS
PROFESSOR
N° 476 DANIELLE BRITO CARVALHO
SECRETÁRIO ESCOLAR
N° 477 JEFERSON RIOS DE JESUS
N° 478 JULIANA SILVA DOS SANTOS
N° 479 ANA PAULA DOS ANJOS FIGUEIREDO OLIVEIRA
N° 480 VERA MARIA OLIVEIRA CARNEIRO
N° 481 CRISTIANE DE AMORIM SANTOS
N° 482 JOSIRETE DE MATOS LIMA BALTAZAR
TÉCNICO EM ENFERMAGEM
N° 483 LUCIANA LIMA DOS SANTOS
O número de viaturas (de quatro rodas, sem contar as motos) usadas pelo patrulhamento da Polícia Militar em Feira de Santana, está em torno de 50, de acordo com o coronel Adelmário Xavier, que chefia o Comando de Policiamento Regional Leste desde 2013. No início deste ano, no entanto, com a progressiva redução devido a viaturas que iam quebrando e não eram repostas, a cidade chegou a ficar com apenas 15 veículos.
Ele deu a informação em entrevista hoje (14) no Jornal da Manhã, que apresento na Rádio Jovem Pan. “Só a partir de maio que a gente veio receber novas viaturas. Teve dia que a gente chegou a trabalhar com 15 viaturas na cidade. Porque estavam todas quebradas, velhas. De janeiro a maio foi diminuindo e chegamos a isso”, detalhou o comandante.
O coronel admitiu que a situação prejudicou o combate à criminalidade, já que mesmo as 70 de hoje (50 carros e 20 motos) não suprem a necessidade de uma cidade que ele calcula ter 10 mil ruas.
Em 2016, o número de homicídios ultrapassou o do ano passado. Os dados oficiais da PM indicam que até outubro de 2015 (a atualização oficial é trimestral) tinham ocorrido 234 assassinatos. Este ano o número em dezembro já passa de 300.
PRESOS COMANDAM DA CADEIA
O comandante da PM também lamentou a facilidade que os presos encontram de comandar o crime mesmo quando presos. Alguns dos bandidos, segundo ele, consideram até vantajosa a condição de presidiários.
“Em Feira grande parte do que acontece é comandado por pessoas de dentro do presídio. Em Conceição do Coité está acontecendo o mesmo. Um presidiário de Feira está fazendo isso lá. Não dá pra entender que você tira um delinquente de circulação mas ele não fica inoperante. Faz do presídio um escritório de suas ações de morte, de negociação do tráfico. Fica difícil. Eles dizem: aqui tenho quatro alimentações por dia, esporte, assistência médica e uma coisa que vocês não têm, que é segurança, porque o Estado tem obrigação de me garantir”, comenta o coronel.
Quando perguntado porque os presos têm tanta facilidade para usar celular no confinamento, Adelmário devolveu a pergunta. “Vamos convidar o diretor do presídio para ver o que ele diz?”.
Ele apontou ainda o impacto da crise econômica e a injustiça social como fatores determinantes para o grau de violência na sociedade. “O país passa um momento muito difícil de insegurança, incerteza, desemprego. A violência é consequência de tudo isso. Não poderia estar diferente. Se todo mundo tivesse emprego, escola, moradia, se todo mundo tivesse oportunidade, se não houvesse o desnível social, não teria violência. A gente discute muito violência e esquece de discutir as causas. É um país violento por isso”, assegurou.
PRECAUÇÕES
Adelmário chamou atenção para o fato de que o cidadão precisa tomar precauções. Criticou pessoas que agem como se a polícia fosse responsável por sua segurança particular. “Ela tem que proteger seu bem. O delinquente trabalha em cima da deficiência e do descuido de suas vítimas. Se eu não protejo o que é meu, o Estado não vai me ajudar a proteger. Tenho que proteger, dificultar a ação do delinquente e contar com ajuda do Estado”, recomendou.
O coronel chamou atenção para estatísticas que apontam que a produção de drogas no país atende somente 10% do consumo. Portanto o restante vem de fora do Brasil, o que implica na necessidade de maior controle das fronteiras, missão que é da Polícia Federal e do Exército.
Ele relata a prisão de uma pessoa presa com um caminhão carregado com três toneladas de maconha, da qual participou tempos atrás. “Quando o senhor faz uma apreensão dessa, de um caminhão, é porque entraram 500”, disse o delinquente desafiador.
O mesmo ocorre em relação a armas. “Em Feira se compra a arma que se quiser. Quanto mais a gente apreende mais entra arma na cidade”, criticou.
Segundo o comandante o número de flagrantes feitos pela PM subiu, assim como o número de apreensões de armas. São 1.700 flagrantes até o final de outubro e cerca de 400 armas.
“Fico com minha consciência tranquila, mas se perguntar “ tá resolvendo?”, digo que não, porque está entrando mais do que estou apreendendo”, reconhece.
Na entrevista ele abordou ainda os problemas de segurança nos condomínios do Minha Casa Minha Vida e as ações da PM no patrulhamento de escolas, no combate à violência contra a mulher e o uso de cães na detecção de drogas e no ataque a delinquentes.