Em primeiro lugar, Ângelo Coronel baterá continência, é claro, para Otto Alencar. Sem a liderança do senador, não haveria sequer a candidatura do deputado agora candidato único à presidência da Assembleia Legislativa. Ou seja, Otto tem o controle da Assembleia Legislativa e vai utilizar isto para se fortalecer ainda mais no cenário estadual.
A questão é qual influência terá ACM Neto e a oposição sobre o presidente que será aclamado hoje na Assembleia Legislativa. O posicionamento do bloco ao apoiar o candidato do PSD foi decisivo, é claro, para tirar Marcelo Nilo do páreo. DEM e companhia queriam e conseguiram impor uma derrota ao candidato do governador.
Coronel, entretanto, não deixa de ser de um partido aliado de Rui Costa. Como conseguirá equilibrar a gratidão aos opositores com o atendimento aos interesses do governo estadual é algo que só o exercício prático do poder vai esclarecer.
PS: A guinada na eleição, que era prevista para ser uma disputa voto a voto e agora nem disputa é mais, favoreceu Ângelo Almeida, eleitor declarado de Nilo, que seria substituído pelo titular de sua cadeira, Vítor Bonfim (PDT), que sairia da secretaria de Agricultura só para votar em Ângelo Coronel. A manobra tornou-se desnecessária.