Sob protesto de professores liderados pela APLB, os vereadores aprovaram por maioria o projeto do Executivo que aumenta os percentuais de contribuição para a Previdência Municipal. A proposta está agendada em segundo turno para esta quarta-feira (22). Após aprovação segue para sanção do prefeito. Os professores já anunciaram o retorno ao Legislativo para acompanhar a votação final.
A sessão foi tumultuada. Sob as vaias das galerias os vereadores tinham dificuldade de falar. A Guarda Municipal se postou barrando a passagem. Na véspera, o projeto já estava pautado para votação, mas a sessão acabou interrompida antes, após a invasão do plenário por alguns professores.
Nesta terça, sob a presidência do vereador Tom, que é policial militar, PMs ajudaram a montar guarda, o que acabou se tornando mais um fator de instabilidade, com protesto de manifestantes e mesmo de alguns vereadores.
Num determinado momento, um membro do grupo identificado com a APLB lançou uma cadeira em direção ao “aquário” que separa público e vereadores. O móvel não chegou ao vidro e atingiu um guarda municipal, gerando correria enquanto os guardas tentavam deter o atirador de cadeiras, que fugiu pela janela.
Mais tarde a Câmara fez circular cópia das imagens do sistema de vigilância mostrando o momento do ataque e o presidente interino, o guarda Edson Almeida e o procurador Magno Felzemburg foram à polícia prestar queixa.
NOVOS VALORES
Os servidores hoje têm desconto de 11% do salário para a previdência municipal. O valor sobe ainda este ano para 12% (após a sanção haverá 90 dias de carência para o início da cobrança).
Em 2018 a alíquota passa para 12,5% do salário e em 2019 o aumento escalonado se encerra ao atingir 13% do salário.]
A diretora da APLB, Marlede Oliveira, que na sessão fez uso da tribuna livre, diz que vai pedir ao Ministério Público uma auditoria nas contas da Previdência Municipal. Ela alega que o Instituto de Previdência Municipal é prejudicado pelo fato de muitas pessoas que trabalham para o município serem cooperados ou estagiários, ao invés de concursados, que poderiam estar contribuindo para aumentar o fundo previdenciário.