No ano em que inaugurou seu estádio próprio, com alojamento para jogadores profissionais e, ao mesmo tempo, amplia o seu projeto de formação de talentos nas divisões de base, o Bahia de Feira chega a sua segunda final de Campeonato Estadual. Dono da melhor campanha dentre os 10 participantes da competição, em sua fase classificatória, avançou nas semifinais eliminando o Vitória da Conquista com um empate fora de casa e o triunfo domingo último, na Arena Cajueiro, 2x1.
Vai enfrentar o Bahia da capital fazendo o primeiro jogo das finais no Joia da Princesa, e não em seu campo próprio, por causa da maior capacidade de público do oficialmente batizado estádio Alberto Oliveira, O tricolor de Salvador, obviamente, se sentirá praticamente em casa, uma vez que terá maior torcida em seu favor.
Essa classificação para as finais do Estadual coloca o Bahia de Feira automaticamente na Copa do Brasil e na Série D do Campeonato Nacional de 2020. Se for o campeão, ainda consegue vaga na Copa do Nordeste da próxima temporada. Copa do Brasil paga algo em torno de 450 mil reais para equipes que disputam sua primeira fase. Ou seja: superar o Vitória da Conquista valeu, no mínimo, a folha de pagamento do clube para um Baianão inteiro.
O Tremendão pode ser a segunda equipe do interior a ter duas estrelas de campeão na camisa. O outro destaque interiorano, em títulos, é o Fluminense, vencedor de 63 e 69. O Bahia de Feira, alcançaria a glória do seu antigo rival e, mais uma vez campeão, consolidaria uma condição que, de algum modo, deverá atingir em pouco tempo: o de terceira força do futebol da Bahia.
Sua organização, tendo à frente um empresário muito bem sucedido e que sabe onde pisa, Jodilton Souza, certamente propiciara ao Bahia de Feira um prestígio maior e resultados mais expressivos do que os seus concorrentes de fora da capital.
Quanto a esta decisão, claro, o Bahia de Salvador é o favorito. No entanto, sua torcida deve pôr a barba de molho. Recentemente, o time do Fazendão sofreu derrotas que não deixam dúvida quanto a sua instabilidade. Perdeu em casa para o Sergipe e no Maranhão para o Sampaio Correia, revezes que o eliminaram precoce e até humilhantemente da Copa do Nordeste, competição em que já havia protagonizado outro vexame: a perda do título para o próprio Sampaio, ano passado.
Sim, o Bahia de Feira pode e deve sonhar com o título. Ele não está tão distante como se pode imaginar.