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Construção do BRT iniciada pela Pampalona

Glauco Wanderley - 29 de Junho de 2015 | 16h 25

Ministro Kassab e governador Rui Costa estiveram no lançamento da obra

Construção do BRT iniciada pela Pampalona
Enquanto a solenidade acontecia, máquinas trabalharam na terraplanagem do terreno da futura estação

Começou na manhã de hoje, pouco antes da assinatura da ordem de serviço, a construção da estação de transbordo da Pampalona, que vai servir ao BRT. Tratores trabalharam na terraplanagem da área, arrancando o mato ao lado da rua onde foi armado o palanque que recebeu as autoridades e levantando uma nuvem de mosquitos abanados persistentemente pelo público que aguardou das 9 às 10:30 a chegada das autoridades que vieram para o lançamento da obra.

O evento foi prestigiado. Atendendo ao convite feito por José Ronaldo em Brasília no dia 17, compareceu o ministro das Cidades, Gilberto Kassab. O ministério foi quem abriu, em 2012 (ainda na gestão de Tarcízio Pimenta), uma linha de crédito por meio da Caixa, para financiar obras de mobilidade país afora e Feira teve a carta consulta aprovada.

Veio também hoje o governador da Bahia, embora o estado nada tenha a ver com a obra. Governante quer palanque e Rui Costa aproveitou muito bem, conseguindo arrancar aplausos de uma claque majoritariamente formada por ocupantes de cargos de confiança do governo municipal (em outro texto falaremos do discurso). Com o convite a Rui, Ronaldo deixou seu arqui-rival Zé Neto, presente ou ausente, em má situação. O deputado estadual fez muitas críticas à opção de fazer o BRT na Getúlio Vargas e também acusa o governo de não ter discutido o suficiente o projeto. O petista preferiu não ir. Em entrevista o governador foi questionado sobre o assunto e admitiu que seu aliado estaria desconfortável no palanque.

Além dos citados, vieram o senador Otto Alencar, o deputado estadual Carlos Geilson, os deputados federais José Nunes e Fernando Torres (que fez questão de apertar a mão de todos no palanque e pular José Ronaldo, que entretanto o saudou, como é praxe, ao citar as autoridades, na abertura de seu discurso). Também estavam prefeitos de cidades vizinhas, vereadores e ex-deputados.

Ao discursar, Ronaldo se emocionou logo no começo, quando afirmou “Deus sabe a luta para chegarmos neste momento”. Depois, em entrevista, explicou: “A luta foi grande e claro que quando a gente vê um sonho sendo realizado, é lógico que se emociona”. Não foi a primeira vez que o prefeito chorou pelo BRT. Hoje ele declarou à Tribuna Feirense que acredita que as objeções ao projeto foram superadas. A prefeitura afirma que teve aval dos ministérios públicos estadual e federal até para o processo da licitação que em março escolheu a Via Engenharia para executar o serviço. Até o final do ano passado promotores e procuradores cobravam mais discussão e foi em atenção a eles que a prefeitura promoveu audiências públicas em dezembro.

Já em abril de 2015, defensores públicos do estado fizeram o questionamento mais duro e pediram até a suspensão do processo, mas depois silenciaram. Ronaldo se mostra otimista com as explicações oferecidas pelo governo, em resposta à solicitação dos defensores. “Tivemos uma ótima reunião, uma conversa, discutimos, todos os documentos que nos pediram nós demos. E estamos abertos ao diálogo, à conversa, não só com Defensoria mas com qualquer pessoa de Feira de Santana para discutir esse assunto”, garantiu.

O BRT é a principal realização que Ronaldo espera apresentar no atual mandato. O custo estimado da obra é de quase R$ 100 milhões. Entretanto, o cronograma proposto é de 20 meses, o que impede que fique pronto até a eleição, para a qual faltam agora 15 meses.

No discurso ele detalhou pontos do projeto, ao qual se refere como uma revolução no transporte de passageiros na cidade, mas que trará também melhorias paisagísticas para as três principais avenidas da cidade (Getúlio Vargas, Maria Quitéria e João Durval), que terão pistas de cooper arborizadas.

Ronaldo contou que levou o ministro Kassab para conhecer os viadutos construídos em seus governos anteriores e deu a entender que fez outros pedidos, que entretanto não revelou. O prefeito, sempre entusiasticamente aplaudido, aproveitou para registrar que termina no próximo ano o pagamento do empréstimo para os viadutos, contraído junto à Corporação Andina de Fomento, banco com sede na Venezuela, mantido com recursos governamentais de vários países, entre eles o Brasil.



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