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Economia

Lula defende espaço fiscal para erradicar doenças no Sul Global, durante 2º dia da cúpula do Brics

07 de Julho de 2025 | 13h 32
Lula defende espaço fiscal para erradicar doenças no Sul Global, durante 2º dia da cúpula do Brics
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu mais espaço fiscal (gasto público) para que países do Sul Global possam assegurar vida saudável às suas populações.

A declaração dada durante a abertura do segundo dia da cúpula de líderes dos países do Brics, nesta segunda-feira (7), no Rio de Janeiro. “Não há direito à saúde sem investimento em saneamento básico, alimentação adequada, educação de qualidade, moradia digna, trabalho e renda”, disse.

O chefe de Estado brasileiro também enfatizou que implementar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 (ODS 3), com foco na saúde e no bem-estar, “requer espaço fiscal”, ou seja, capacidade de os governos ampliarem gastos. O programa é metas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em sua intervenção, Lula chamou a atenção para as doenças determinadas por questões sociais, que atingem os países do Sul Global, nações em desenvolvimento que partilham problemas sociais. “No Brasil e no mundo, a renda, a escolaridade, o gênero, a raça e o local de nascimento determinam quem adoece e quem morre”, declarou.

Isto porque, segundo o presidente, muitas doenças que matam milhares – ele citou a cólera e a doença de Chagas –, nos países que formam o Brics, “já teriam sido erradicadas se atingissem o Norte Global”.

Lula disse, ainda, que o Brics aposta na ciência e na transferência de tecnologias “para colocar a vida em primeiro lugar” e que é urgente recuperar o protagonismo da Organização Mundial da Saúde (OMS) como foro legítimo para o enfrentamento às pandemias e a defesa da saúde dos povos.

O presidente do Brasil adiantou que o Brics lançará, hoje, uma parceria para a eliminação de doenças socialmente determinadas, que se propõem a superar desigualdades com ações voltadas para infraestrutura física e digital. 

O político apontou, ainda, que o Brics já alcançou avanços concretos, a exemplo da consolidação da Rede de Pesquisa de Tuberculose, com o apoio do Novo Banco de Desenvolvimento, também conhecido como Banco do Brics, e da OMS, assim como a cooperação regulatória em produtos médicos. “Estamos liderando pelo exemplo”, destacou, salientando, ainda que o Brics está “colocando a dignidade humana no centro” de  suas decisões.  

O GRUPO – O Brics é formado por 11 países-membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. Estas nações representam 39% da economia mundial e 48,5% da população do planeta.

Os países que têm status de parceiros são: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã. Nos debates, os parceiros não têm poder de voto.

O Brics se identifica como nações do Sul Global e busca mais cooperação entre si e tratamento mais equânime em organismos internacionais. Os países-membros se alternam, ano a ano, na presidência. O Brasil será sucedido pela Índia em 2026.

 

 

*Com informações da Agência Brasil.



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