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  • Feira de Santana, domingo, 12 de outubro de 2025

Segurança

Fábrica clandestina de bebidas usava etanol adulterado de postos, diz Secretaria de Segurança Pública de SP

10 de Outubro de 2025 | 17h 43
Fábrica clandestina de bebidas usava etanol adulterado de postos, diz Secretaria de Segurança Pública de SP
Foto: UFPR/Divulgação

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou, nesta sexta-feira (10), que considera a possibilidade de que a origem da contaminação de bebidas com metanol esteja na compra, por falsificadores, de etanol combustível adulterado com metanol.

Conforme o órgão, há indícios de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) esteja envolvido. A organização criminosa está sendo investigada por adulterar combustíveis e lavar dinheiro em postos de gasolina.

Guilherme Derrite, titular da SSP-SP, enfatizou, durante coletiva de imprensa, que "o crime organizado adulterava o etanol para lucrar, e esse etanol contaminado acabou sendo usado por falsificadores de bebidas".

O secretário ressaltou, ainda, que os responsáveis podem responder por associação criminosa e até homicídio culposo, e que o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) deve avaliar as linhas de investigação.

A suspeita surgiu no rastro do primeiro dos cinco óbitos já confirmados no estado. No bar que a vítima frequentou, foram apreendidas nove garrafas, oito delas com presença de metanol, variando de 14,6% a 45,1% do conteúdo.

De acordo com a Superintendência da Polícia Técnico-Científica Polícia de São Paulo (SPTC-SP), foi constatado que algumas das garrafas apreendidas continham apenas metanol, sem presença de álcool etílico.

O órgão detalhou, ainda, que 1,8 mil garrafas foram arrestadas em diversos estabelecimentos. Destas, 300 já foram periciadas, sendo que cerca de 50% apresentaram de 10% a 45% de metanol.

Em depoimento à Polícia Civil de São Paulo (PCSP), o proprietário do bar confessou que havia comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada, investigada, posteriormente.

O inquérito apontou que o estabelecimento utilizava etanol de posto de combustíveis na fabricação irregular das bebidas. “O falsificador foi no posto comprar etanol para falsificar a bebida, e o dono do posto vendeu etanol falsificado com metanol”, explicou Derrite.

No final de setembro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que o problema das contaminações por metanol em bebidas alcoólicas é “estrutural”, não tendo relação com o crime organizado.

 

 

 

 


*Com informações do g1 BA.



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