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  • Feira de Santana, domingo, 12 de outubro de 2025

César Oliveira

O jogo do poder da chapa governista e o fator Rui Costa

11 de Outubro de 2025 | 03h 36
O jogo do poder da chapa governista e o fator Rui Costa

A formação da chapa governista para a próxima eleição tornou-se um jogo de xadrez e uma disputa feroz, apesar do clima de "todo mundo junto e de acordo". As pesquisas — ao menos as que chegam ao público — mostram Rui Costa e Wagner na liderança ao Senado, o que obrigaria o descarte do Senador Ângelo Coronel, aliado do Senador Otto Alencar. Coronel já  reagiu publicamente ao descarte, embora saibamos que a decisão final passa por seu líder, Otto Alencar.

É evidente que descartar Wagner, que tem grande inserção no governo e é uma liderança histórica do PT, não passa de uma especulação irrealista, apesar de sua eventual dificuldade física do momento. É certo que há tempos ele não "bate boca de calça", como se diz popularmente, pelo eleitor, mas sua intenção de voto nas pesquisas o coloca logo atrás de Rui.

O atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, vem sendo acossado pelas denúncias do caso dos respiradores da pandemia, comprados e nunca entregues, que se tornou um escândalo nacional, com publicações recentes nos jornais do Sul e na revista Veja. Não se pode duvidar de "fogo amigo", ou não tão amigo assim, já que a imprensa sempre publica que ele coleciona desafetos no Planalto. Pelo sim, pelo não, certamente que Rui prefere a proteção do mandato de Senador do que continuar ministro do governo Lula. O Senado, como disse o ex-senador e senhor feudal do Maranhão, José Sarney, citando outro Senador, Dinarte Mariz, “é chegar ao céu sem precisar morrer”. Por outro lado, o ministro do STF, Flávio Dino, suspendeu repasses de Emendas Pix ao município de Coração de Maria, junto com outros oito municípios, por suspeita de irregularidades no valor de R$ 44,3 milhões. O município é a principal área de influência do Senador Ângelo Coronel.

Enfim, são muitas variáveis em jogo para a formação da chapa governista, mas há uma forte probabilidade de que o PT assuma uma chapa “puro-sangue” com três nomes na majoritária. Resta saber como compensar os aliados da coligação partidária.



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