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Lula confirma reunião com EUA na quinta para negociar tarifaço

15 de Outubro de 2025 | 17h 06
Lula confirma reunião com EUA na quinta para negociar tarifaço
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados e U.S. Department of State

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou uma reunião entre Brasil e Estados Unidos, nesta quinta-feira (16), sobre a taxação extra aos produtos brasileiros exportados para aquele país.

Será o primeiro encontro entre as autoridades dos dois países, após a conversa entre Lula e o presidente norte-americano, Donald Trump, no início deste mês. “Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, disse Lula, hoje (15), ao comentar a videoconferência realizada, na semana passada, com o estadunidense.

Ele brincou com a fala de Trump sobre “a química excelente” entre os dois, na ocasião em que se encontraram, rapidamente, nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. “Vamos ter a conversa de negociação”, disse Lula, em evento no Rio de Janeiro.

Após a química nas Nações Unidas e a conversa por telefone, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações. Este, por sua vez, convidou o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, para liderar uma delegação brasileira a Washington.

Reunião – Vieira desembarcou, ontem (14), na capital dos Estados Unidos para a agenda de trabalho. Em entrevista recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil vai oferecer os melhores argumentos econômicos para os Estados Unidos, a fim de reverter o tarifaço.

O principal deles, segundo o ministro, é que a medida está encarecendo a vida do povo estadunidense. Haddad lembrou que os Estados Unidos já têm superávit comercial em relação ao Brasil e muitas oportunidades de investimento no país, sobretudo voltado para transformação ecológica, terras raras, minerais críticos, energia limpa, eólica e solar.

Tarifaço – A elevação dos impostos ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, inaugurada pelo presidente Donald Trump, de aumentar as tarifas contra parceiros comerciais, na tentativa de reverter a relativa perda de competitividade da economia dos Estados Unidos para a China, nas últimas décadas.

No dia 2 de abril, Trump impôs barreiras alfandegárias a países, de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, na ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%.

Porém, no dia 6 de agosto, entrou em vigor uma tarifa adicional de 40% contra o Brasil, em retaliação a decisões que, segundo Trump, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Entre os produtos tarifados pelos Estados Unidos estão o café, as frutas e as carnes. Ficaram de fora da primeira lista cerca de 700 itens (45% das exportações do Brasil aos EUA), como suco e polpa de laranja; combustíveis; minérios; fertilizantes; e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes.

Depois, outros produtos também foram liberados das tarifas adicionais.

 

 

 

 

*Com informações da Agência Brasil.



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