O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta segunda-feira (17) que a nova Rodoviária de Salvador, localizada em Águas Claras, deve ser entregue no início de 2026. A declaração foi feita durante entrevista à rádio Itapoan FM.
Apesar das críticas anteriores aos sucessivos atrasos, o governador garantiu que o empreendimento está na fase final e preferiu não anunciar uma data exata de inauguração, destacando que aguarda a conclusão da fiscalização técnica.
“Eu aguardo e espero que no início do ano que vem, no primeiro mês de 2026, entregar essa rodoviária”, disse Jerônimo.
O novo terminal será implantado em uma área de 127 mil m² e, segundo o governador, terá papel estratégico ao facilitar a integração de passageiros que chegam de outras regiões com bairros como Cajazeiras, Águas Claras e o Subúrbio.
A obra acumulou atrasos ao longo de 2025. Em outubro, o secretário da Casa Civil, Afonso Florence, estimou que 95% dos serviços estavam concluídos e previu o término para novembro. Entretanto, o prazo foi empurrado para dezembro após o impacto das chuvas, quando 96% da intervenção já estava executada.
Também em outubro, Jerônimo manifestou insatisfação com o ritmo dos trabalhos, mencionando problemas de solo que exigiram a reexecução de etapas. Ele cobrou responsabilidade da empresa responsável e atuação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para garantir a entrega até o final de dezembro ou início de janeiro.
A nova Rodoviária de Salvador, às margens da BR-324, contará com 41 mil m² de área construída e integração com a Estação Águas Claras do metrô e o futuro VLT na Avenida 29 de Março. O projeto inclui ainda conexão com um terminal de ônibus para 10 linhas metropolitanas e outras linhas urbanas, estacionamento para mais de 800 veículos — incluindo vagas para carros elétricos —, mais de 230 espaços comerciais e uma nova unidade do SAC.
Com a proximidade da entrega, o governo do estado ainda avalia o destino do terreno onde funciona a atual rodoviária, no Iguatemi. A gestão analisa a Lei de Ordenamento do Uso do Solo (LOUOS) e afirma que o espaço deve ser transformado em equipamento de utilidade pública, não apenas colocado à venda.