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Justiça

Bolsonaro usou ferro de solda para tentar abrir tornozeleira, relata Seap

22 de Novembro de 2025 | 18h 42
Bolsonaro usou ferro de solda para tentar abrir tornozeleira, relata Seap
Foto: Divulgação/Seap

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou abrir a tornozeleira eletrônica que usava com um ferro de solda. As informações constam de um relatório feito pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O órgão também enviou um vídeo à Suprema Corte, no qual o próprio Bolsonaro admite ter avariado o equipamento. Ao ser questionado, ele disse que tentou violar a tornozeleira por “curiosidade”. Também confessou que a tentativa de abertura do equipamento ocorreu no final da tarde desta sexta-feira (21).

De acordo com a Seap, às 00h07 deste sábado (22), o sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) gerou o alerta de violação da tornozeleira. Pela manhã, Bolsonaro foi preso por agentes da Polícia Federal (PF), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Hoje, Moraes retirou o sigilo sobre o relatório e o vídeo gravado pela Seap e deu um prazo de 24 horas para que a defesa de Bolsonaro se manifeste sobre a tentativa de violação da tornozeleira. “O equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Havia marcas de queimadura em toda sua circunferência, no local de encaixe/fechamento do case. No momento da análise, o monitorado foi questionado acerca do instrumento utilizado. Em resposta, informou que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento”, diz o relatório.

A tornozeleira, então, foi substituída por outro equipamento. Nesta sexta-feira, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou, via redes sociais, uma vigília de orações em frente ao condomínio onde o pai mora. No endereço, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto.

Na decisão que determinou a prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes cita a violação da tornozeleira e diz que a reunião poderia causar tumulto e até mesmo facilitar "eventual tentativa de fuga do réu".

Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus do Núcleo 1, condenados junto com ele, podem ter as penas executadas nas próximas semanas.

Na semana passada, a Primeira Turma do STF rejeitou os chamados embargos de declaração do ex-presidente e de mais seis acusados para reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado. Neste domingo (23), termina o prazo para a apresentação dos últimos recursos pelas defesas. Se os mesmos forem rejeitados, as prisões serão executadas.

A defesa do ex-presidente chegou a pedir, ontem, a concessão de prisão domiciliar humanitária a Jair Bolsonaro. A solicitação foi rejeitada por Moraes, neste sábado. Segundo os advogados, Bolsonaro tem doenças permanentes, que demandam "acompanhamento médico intenso".

Em função disso, tendo negado a concessão da prisão domiciliar, o ministro determinou um plantão médico para atender Bolsonaro, 24 horas por dia, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, local onde uma cela foi preparada para recebê-lo.

Bolsonaro estava em prisão domiciliar em razão de descumprimento de medidas cautelares já fixadas pelo STF. Elas foram determinadas no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado pela sua atuação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do STF.

Sobre a prisão preventiva executada, pela PF, na manhã de hoje, a defesa de Jair Bolsonaro afirmou que vai recorrer da decisão da Suprema Corte.

 

 



 

*Com informações da Agência Brasil.



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