A COP 30, realizada em Belém, transformou-se na crônica de um erro anunciado. A primeira crise surgiu com a falta de leitos de hospedagem, que levou ao superfaturamento e o protesto de diversas delegações. Esse foi, sem dúvida, um dos motivos para a redução da presença de chefes de Estado — pouco mais de 35 líderes compareceram ao encontro.
Em seguida, vieram os problemas de infraestrutura: faltou água nos banheiros da Blue Zone, houve escassez de alimentos e os poucos lanches disponíveis eram vendidos a preços abusivos. O evento também enfrentou a invasão de manifestantes indígenas, cobranças da ONU por falhas na segurança, ameaças do Comando Vermelho de explodir uma estação de energia e até o incêndio de uma van da delegação da Indonésia.
Para coroar um encontro marcado por improviso e má organização, a Blue Zone pegou fogo em um incêndio que deixou 15 pessoas feridas e repercutiu mundialmente, aprofundando o desgaste da imagem do Brasil. Assim, a COP acabou se convertendo em um fracasso com muita encenação e poucos resultados concretos.
Como disse o presidente Lula, ao comentar as críticas duras — embora pertinentes — feitas pelo premiê alemão: faltou à organização “comer uma maniçoba”.