O procurador-Geral da República, Paulo Gonet, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (28), um parecer favorável à concessão de prisão domiciliar humanitária a Augusto Heleno Ribeiro Pereira, general da reserva do Exército Brasileiro e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro.
O militar foi condenado a 21 anos de prisão, no âmbito da ação
penal que julgou os envolvidos na trama golpista perpetrada pelo ex-presidente.
Augusto Heleno está preso desde a última terça-feira (25), quando iniciou o
cumprimento da pena. Ele se encontra custodiado em uma sala do Comando Militar
do Planalto (CMP), na capital federal, Brasília.
O parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi
motivado por um pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do general
Heleno. Conforme os advogados, o militar,
de 78 anos, tem graves problemas de saúde, tendo sido diagnosticado como
portador do Mal de Alzheimer. Além disso, há histórico de transtorno depressivo
e transtorno misto ansioso depressivo.
No entendimento de Paulo Gonet, é "recomendável e
adequada" a concessão de prisão domiciliar humanitária ao militar. "A
manutenção do custodiado em prisão domiciliar é medida excepcional e
proporcional à sua faixa etária e ao seu quadro de saúde, cuja gravidade foi
devidamente comprovada, que poderá ser vulnerado caso mantido afastado de seu
lar e do alcance das medidas obrigacionais e protecionistas que deverão ser
efetivadas pelo Estado", justificou o procurador.
Agora, cabe ao ministro Alexandre de Moraes, relator do
processo na Suprema Corte, deliberar se autoriza ou não a prisão domiciliar de
caráter humanitário. Não há prazo para decisão do magistrado.
*Com informações da
Agência Brasil.