Vinte reféns israelenses que estavam sob o poder do grupo terrorista Hamas desde o início do conflito na Faixa de Gaza, em 2023, foram libertados na madrugada desta segunda-feira (13), pelo horário de Brasília. As vítimas, que passaram 738 dias em cativeiro, foram entregues à Cruz Vermelha, responsável por intermediar o resgate.

De acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF), a libertação ocorreu em duas etapas. O primeiro grupo, com sete pessoas, foi entregue à Cruz Vermelha por volta das 8h10 do horário de Israel (2h10 em Brasília). Poucas horas depois, às 10h25 (4h25 no Brasil), outros 13 reféns foram libertados.

Todos os libertos foram levados para a base militar de Re’im, no sul de Israel, onde passam por exames médicos. Ainda nesta segunda-feira, eles deverão ser transferidos para três hospitais em Tel Aviv, preparados para receber os sobreviventes e oferecer tratamento especializado após mais de dois anos de cárcere. Segundo o governo israelense, todos já estão em solo israelense e devem reencontrar suas famílias nas próximas horas.

Os reféns foram capturados em 7 de outubro de 2023, durante o ataque do Hamas que deu início ao conflito na Faixa de Gaza. Na ocasião, 251 pessoas foram sequestradas. Antes da libertação de hoje, 48 ainda permaneciam em cativeiro, sendo que 28 morreram durante o período de prisão.

A libertação foi possível após um acordo entre Israel e o Hamas, mediado pelos Estados Unidos e firmado na última sexta-feira (10), que incluiu um cessar-fogo e o compromisso de encerrar formalmente o conflito.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está em Israel e foi recebido pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Trump deve discursar no parlamento israelense ainda hoje, quando deverá oficializar o fim da guerra.