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Saúde

SUS realizará teste para diagnóstico precoce de autismo aos 16 meses de vida

18 de Setembro de 2025 | 19h 39
SUS realizará teste para diagnóstico precoce de autismo aos 16 meses de vida
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Profissionais da atenção primária passarão a realizar o teste que detecta sinais de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em todas as crianças com idades entre 16 e 30 meses. A iniciativa será parte da rotina de avaliação do desenvolvimento.

A orientação consta da nova linha de cuidado para TEA, lançada, nesta quinta-feira (18), pelo Ministério da Saúde (MS). Segundo a pasta, a expectativa, é que as intervenções e estímulos a esses pacientes ocorram antes mesmo do diagnóstico ser fechado. “A atuação precoce é fundamental para a autonomia e a interação social futura”, destacou a nota emitida pelo órgão.

Alexandre Padilha, atual ministro da Saúde, destacou que, “pela primeira vez”, a pasta estabelece uma “linha de cuidado” para o TEA. “O centro dela, a recomendação mais importante, é o esforço do diagnóstico precoce no início dos cuidados e intervenções”, avalia. 

Para o gestor, o novo protocolo de cuidados é um instrumento potente e abrangente. "Para que a gente faça não só o diagnóstico mais precoce possível, mas o cuidado e as intervenções mais precocemente. Não precisa fechar o diagnóstico para começar as ações. Tem um impacto muito grande no desenvolvimento dessas crianças”, observa.

Números – O Governo Federal estima que 1% da população brasileira viva com Transtorno do Espectro Autista. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que 71% dessa população apresentam ainda outras deficiências, o que, de acordo com o Ministério da Saúde, reforça a necessidade de ações integradas via Sistema Único de Saúde (SUS).

O órgão destaca que a nova linha de cuidado “orienta gestores e profissionais de saúde sobre como deve funcionar a rede, da atenção primária aos serviços especializados, com foco no rastreio precoce e no início imediato da assistência”.

Teste – O teste de triagem para TEA, conhecido como M-Chat, identifica sinais de autismo em crianças já nos primeiros anos de vida. Por meio da detecção precoce, a ideia é que os profissionais possam encaminhar e orientar as famílias em relação aos estímulos e intervenções necessários, caso a caso.

O questionário está disponível na Caderneta Digital da Criança e também no prontuário eletrônico E-SUS. Já os estímulos e terapias para crianças com sinais de TEA foram disponibilizados na edição atualizada do Guia de Intervenção Precoce, que deve ser colocado em consulta pública a partir desta quinta-feira.

Tratamento individualizado – Outra proposta do MS envolve o fortalecimento do Projeto Terapêutico Singular (PTS), que prevê um plano de tratamento individualizado, construído entre equipes multiprofissionais e as famílias. “A nova linha de cuidado também orienta sobre os fluxos de encaminhamento, esclarecendo quando o paciente atendido nos Centros Especializados em Reabilitação (CER) deve ser encaminhado a outros serviços, como os de saúde mental, caso o paciente apresente algum sofrimento psíquico”, destaca a pasta.

Acolhimento e suporte – A nova linha de cuidado para TEA também enfatiza a importância do acolhimento e do suporte às famílias, reconhecendo o papel central dos pais e dos cuidadores no desenvolvimento infantil. 

As ações incluem orientação parental, grupos de apoio e capacitação de profissionais da atenção primária, com o intuito de estimular práticas no ambiente domiciliar, de forma a complementar o trabalho das equipes multiprofissionais. “Com isso, busca-se reduzir a sobrecarga das famílias e promover vínculos afetivos mais saudáveis”, diz o Ministério da Saúde.

O órgão salienta, ainda, que articula a implementação do programa de treinamento de habilidades para cuidadores, da Organização Mundial da Saúde, para famílias com crianças com TEA ou atraso no desenvolvimento.

 

 

 

 

*Com informações da Agência Brasil.



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