Desde Wagner, que venceu na Bahia no ano em que Lula se reelegeu no Brasil, o governo do estado pouco faz, mas muito se gaba. As verbas eram federais, mas a presidência era do PT e portanto estava tudo em casa. A gabolice mais descabida sempre foi no Minha Casa Minha Vida, programa com subsídio federal, financiado pela Caixa, executado por empresas e gerenciado pelos municípios no que diz respeito à organização/seleção dos beneficiários e mesmo na destinação dos empreendimentos de acordo com áreas que interessava ocupar. As casas e apartamentos construídos sempre entraram na publicidade do governo da Bahia, como se fossem feitos de Wagner e depois de Rui Costa.
Agora que o ex-aliado do PT, Temer, preside o país e a Bahia é ainda um baluarte do Partido dos Trabalhadores, os homens lá do Planalto querem se promover também como autores dos investimentos. Começando por Salvador, onde o governo do estado botou pra rodar o metrô (mérito de Rui Costa que destravou o projeto quando ainda era secretário de Wagner), mas com boa parte da obra financiada com recurso federal. Nos mesmos moldes, vem aí o BRT da capital (será que fica pronto antes do meio-BRT de Feira?), onde a negociação é com ACM Neto, aliado de Temer, e a propaganda federal vai fluir mais fácil (até porque o prefeito tem uma mágoa do tempo em que tentou sem sucesso obter o dinheiro para a obra, quando Dilma ainda era presidente).
Parte fundamental da estratégia cabe a Antônio Imbassahy, que herdou o lugar de Geddel e hoje, ao lado do ministro das Cidades, Bruno Araújo e visita as obras do metrô e se reúne com o prefeito ACM Neto.
Juntando tudo, é muito pouco, mas se o PT de Rui pode se promover, o PMDB de Temer também pode.
Na sessão desta quarta-feira (08), os vereadores de Feira de Santana decidiram por unanimidade diminuir em 15 dias o recesso, que atualmente dura 90 dias. Foram reduzidos 15 dias de férias da primeira quinzena de fevereiro.
Foi uma pequena concessão às críticas que durante a discussão, eles mesmos reconheceram serem frequentes na comunidade, acerca do prolongado tempo de recesso, maior inclusive do que o praticado no legislativo estadual e federal.
Com a mudança aprovada hoje, a Câmara terá sessões no período de 1 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro.
Até então o calendário legislativo vigorava de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1 de agosto a 15 de dezembro.
“Reeleição é ruim para nossa democracia, uma vez que muitos gestores não tomam medidas, muitas vezes impopulares mas benéficas para o estado ou município, porque estão pensando na manutenção da popularidade para a disputa do próximo pleito”. A opinião é do deputado estadual Carlos Geilson, que defende o fim da reeleição, na sempre adiada reforma política a ser discutida e votada no Congresso.
Além da questão da reeleição, o deputado aponta outros itens que considera fundamentais para definição na reforma, como fim das coligações, o estabelecimento de uma cláusula de barreira, a forma de financiamento, lista fechada, implantação do voto distrital e a forma de fazê-lo.
Geilson lamentou que o debate sobre reforma política só seja intenso logo após cada pleito, mas que depois esfrie. “A largada para a campanha eleitoral já foi dada, mas as regras ainda são desconhecidas. Precisamos ser mais enérgicos e agilizar esse processo”, cobrou.