Com a ida de Antônio Imbassahy (PSDB) para o ministério de Temer, a vaga de deputado federal vai para Colbert Filho (PMDB), segundo suplente. Colbert Filho é vice-prefeito de Feira de Santana. Tem a possibilidade de governar dois anos, se José Ronaldo renunciar para concorrer na eleição do ano que vem. Ou pode passar quatro anos construindo uma candidatura a prefeito em 2020 em condição privilegiada.
Quando foi anunciado como vice na chapa de Ronaldo em evento na CDL em julho, Colbert disse a mim que nem candidato a deputado federal seria em 2018, porque tinha o objetivo de cumprir até o fim o mandato para o qual foi eleito no Executivo.
A situação agora é diferente, porque o lugar na Câmara Federal lhe cai no colo. Mas se tiver de renunciar ao cargo de vice-prefeito para assumir como suplente, ele não topa. Colbert fará consultas jurídicas. Diz que só aceita ir para Brasília se puder manter seu posto aqui.
Abrir mão do lugar de vice seria mesmo uma estupidez. O mandato de deputado é de Imbassahy. Como suplente, o feirense está sujeito a perder tudo de uma hora para a outra caso o tucano deixe o ministério de Temer.
No entanto, há um impasse. Se Colbert não assume, a vaga fica com Marcos Medrado, atualmente aliado do governador Rui Costa. Claro que DEM, PMDB e PSDB não querem dar este presente aos adversários na Bahia. E suas lideranças podem pressionar Colbert a ir para o sacrifício de arriscar o mandato conquistado em Feira.
Embora a prefeitura diga que ainda estão ocorrendo negociações entre a empresa Rosa e a Mercedes Benz para a permanência de veículos que foram objeto de pedido de busca e apreensão por falta de pagamento, o secretário Pedro Boaventura já anuncia a troca dos ônibus zero quilômetro por usados. Ele ressalta que se isto ocorrer tem que ser dentro das regras do edital. O edital, porém, admite, em seu anexo I.IV, ônibus com até 10 anos, desde que a idade média da frota permaneça em cinco anos.
Na sexta-feira a Rosa divulgou nota informando que “as negociações não surtiram efeito” e que “a ordem de busca foi executada, não nos restando alternativa, senão providenciar frota em substituição para a prestação do serviço público em Feira de Santana”. A empresa afirmou que vai direcionar veículos de outras operações para Feira de Santana.
Os ônibus substitutos já começaram a chegar para posterior encaminhamento à vistoria do município. Em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta segunda-feira, o secretário assegurou que os ônibus Mercedes Benz ainda estavam no pátio da Rosa. “As negociações ainda continuam. Se esses ônibus não forem mais confiscados certamente que ficarão aqui. Mas para que a gente não fique no impasse esse Plano B já foi acionado”, justificou, contradizendo o anúncio da Rosa, que já trata o caso como consumado. Boaventura falou na entrevista que viriam carros fabricados em 2014 para substituir os novos que forem embora.
PRECEDENTE
Em 2015 as empresas vencedoras da licitação para fazer o transporte coletivo em Feira de Santana assumiram emergencialmente o serviço, pelo período de seis meses, depois que as prestadoras Princesinha e 18 de setembro abandonaram o contrato antes do fim, deixando a cidade sem ônibus.
Na ocasião o prefeito José Ronaldo modificou um decreto regulador do setor, permitindo que a idade máxima dos veículos fosse ampliada de 10 para 13 anos. Os que estavam acima de 10 anos passaram a compor mais de um terço da frota, conforme investigação feita na época pela Tribuna Feirense.
Quando as empresas assumiram a concessão em definitivo, a frota zero quilômetro foi motivo de grande comemoração por parte da prefeitura. Faz apenas um ano. Foi em janeiro do ano passado que os carros fizeram um desfile pela cidade para serem mostrados à população.
Que história é essa de “novo Temer”? É informação da coluna Tempo Presente, na página 2 de A Tarde ontem (02). Alguém não identificado pelo jornal chamou assim o senador do PSD durante a eleição de Ângelo Coronel, indicado de Otto, que agora comanda a Assembleia Legislativa.
O senador lançou seu candidato e abocanhou mais um expressivo pedaço de poder no estado, aumentando o tamanho da sombra que projeta sobre o Poder Executivo.
Que semelhança haveria com Temer, que eleito vice acabou tomando o lugar da companheira de chapa? Talvez muitas. Mas de cara é preciso ressaltar uma grande diferença: ninguém está pensando em impeachment de Rui, ainda que a Lava Jato já tenha respingado nas contas de sua campanha. Trata-se, é claro, da disputa de 2018, em que tudo aponta para uma disputa de Rui tentando reeleição contra ACM Neto renunciando no meio do mandato de prefeito da capital para tentar conquistar o poder no estado.
Mas para Otto ser Temer, seria preciso que o papel de Dilma fosse assumido pelo governador do PT, o que é altamente improvável.
Dilma caiu por causa de política e economia. Era um desastre em ambos. Dilma tinha ojeriza pelo trato com os políticos. Rui pode não ser um gênio neste ramo e cometer erros em alguns momentos. Mas está longe de ser um desastre. Fazia política no governo Wagner, como secretário da Casa Civil. Não era querido, mas tanto deu conta do recado que viabilizou a própria candidatura, inicialmente amplamente rejeitada mesmo dentro do PT.
Mas política é também opinião pública. O sucesso eleitoral depende do que as pessoas pensam do governante. Aliados não permanecem fieis a quem não tem voto. Temem a contaminação da impopularidade em suas próprias campanhas. Para se segurar no cargo, Rui precisa manter o eleitor ao seu lado.
Para fazer isso tem que ser bom de economia. E neste campo ele também é muito melhor que sua companheira apeada da Presidência da República. A começar pelo básico: a responsabilidade fiscal.
Desde que assumiu o comando do estado, demonstrou consciência de que enfrentaria tempos nebulosos. A tempestade anunciou-se ainda em 2014 quando ele era tão somente candidato, desabou pesada quando ele assumiu o governo em 2015 e ainda não passou. O barco aderna mas não afunda, graças ao controle das contas priorizado desde o início da gestão. No final de janeiro o governo anuncia ter feito economia superior a R$ 1 bilhão , somados os anos de 2015 e 2016.
É possível concluir que, ainda que Otto seja Temer, no sentido de que vai criando um poder paralelo, Rui não é Dilma. O fortalecimento do primeiro pode até ser um risco para o segundo, caso o senador resolva pular do barco mais adiante. O passe de Otto segue se valorizando. Mas Rui ainda está com a bola.
A direção do Hospital Estadual da Criança divulgou nota na noite de hoje sobre a paralisação parcial dos médicos da unidade, afirmando que vai pagar o mês de dezembro “assim que a Secretaria da Saúde do Estado (SESAB) realizar o repasse devido de tal competência”.
Não houve menção a outra queixa da carta aberta dos médicos, que é a informalidade do vínculo, já que os médicos não são contratados.
Leia abaixo a íntegra da nota da gestora do HEC, a Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil:
A diretoria do Hospital Estadual da Criança (HEC) vem informar, através desta nota, que lamenta a paralisação iniciada pelos médicos da unidade hospitalar nesta quinta-feira (2/02). Além disso, salienta que o valor referente à competência de dezembro de 2016 será depositada assim que a Secretaria da Saúde do Estado (SESAB) realizar o repasse devido de tal competência.
A diretoria do HEC reforça que a Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, no exercício de sua missão de assistir às crianças da Bahia, tem em seu corpo clínico um dos seus maiores ativos e vai continuar lutando para manter um relacionamento sincero, transparente e respeitoso com seus profissionais de saúde e a SESAB, buscando continuar oferecendo um atendimento humanizado e qualificado às crianças baianas. Dessa forma, o atendimento prestado aos pacientes internados e aos casos de urgência e emergência não serão interrompidos durante o período da paralisação.
Atenciosamente,
Direção do Hospital Estadual da Criança.
A Telear (Tecnologia eletro-eletrônica e construção civil), empresa com sede no Rio Grande do Sul, deve assumir o controle acionário da empresa AFS (Aeroporto de Feira de Santana).
A aquisição foi autorizada em reunião da Agerba em 20 de janeiro, quando a diretoria da agência estadual de regulação autorizou o pedido com base em pareceres dos seus setores técnicos e jurídicos.
A revelação foi feita pela página Aeroporto de Feira de Santana, que um grupo de entusiastas do aeródromo feirense mantém no Facebook.
A empresa que hoje gerencia o aeroporto é uma sociedade entre a Sinart (a mesma concessionária da rodoviária feirense) e a UTC (empresa de Ricardo Pessoa, empresário condenado por envolvimento em crimes investigados pela operação Lava Jato).
Há muito tempo a UTC havia manifestado a intenção de vender a participação no aeroporto, entre outros ativos, a fim de sobreviver ao impacto das investigações sobre os negócios do grupo empresarial.